quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Retrospectiva

Ano acabando, de novo. Não parece que há um ano minha vida estava tão diferente, eu nunca tinha sofrido mudanças tão bruscas em um tempo relativamente curto antes. Mudanças que talvez não tenham dependido só de mim, apesar de eu ter tomado inúmeras decisões conscientes e erradas esse ano, mas que resultaram em boas coisas no final.
Passei por períodos tristes, e períodos felizes. Na verdade, acho cheguei no meu limite da tristeza e da alegria esse ano, com a vida sempre me pregando peças. Mas tudo valeu a pena, nem que tenham restado só as lembranças no fim, lembranças que levarei para sempre. Não agradei a todos o tempo inteiro, decidi arriscar e parar de ser boba. Ganhei novos amigos, e me afastei de pessoas que não me faziam tão bem assim. Me afastei de pessoas legais também, que nunca serão substutuídas, mas tampouco voltarão a ser o que eram.
Li bastante, aprendi bastante, ralei bastante. Aprendi como é não ter ninguém, e como é ter alguém de verdade. Aprendi que todo mundo é diferente, e que um único gesto de carinho pode fazer muita diferença. Aprendi que o que você precisa está dentro de você, sempre, basta enxergar.
Aprendi a me virar sozinha, descobri que sou mais forte do que pareço, e decidi que preciso dos outros. Mentira. Não preciso, mas adoro tê-los por perto. Vivi coisas inesquecíveis, coisas lindas, que eu espero que continuem acontecendo para sempre. Conheci alguém que eu já queria ter conhecido há muito tempo, que me fez descobrir quem eu sou e me ensinou a viver fora do espelho da minha vida. Sinto-me protagonista agora, sinto-me importante e feliz. Obrigada.
Por fim, não espero quase nada para o ano que vem. Quero ser feliz, só, e ter coragem para buscar essa felicidade. Fora isso, as coisas são mais emocionantes quando acontecem ao acaso, e tenho certeza de que possuo força para superar o que vier, sempre.


Feliz Ano Novo (:

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

"Por favor, confie em mim. Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo."


A Menina que Roubava Livros

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

"O segredo da criatividade é saber como esconder as fontes."

Albert Einstein



É engraçado ver como as pessoas gostam de falar dos outros. Falar dos outros antes de olhar para você mesmo e corrigir seus erros (ou antes mesmo de enxergá-los) ensinar antes de aprender. Quem fala muito está tentando convencer a si mesmo, sempre acreditei nisso.
Alguém aqui nunca teve um dia difícil? Nunca precisou parar, pensar, refletir, fazer analogias e suposições? Se nunca precisou, parabéns, eu preciso. Platão acreditava (pega esse foco na aula de filosofia! HAHAHA) que todo o homem vive para buscar a perfeição ideal, portanto se a perfeição não existisse em algum lugar, ainda que em um mundo distante, não teríamos motivação para melhorar mais e mais.
Admitir isso não é enganar a si mesmo, negar seus sonhos, ou ainda não aproveitar a vida. Aliás, se eu reclamo de algumas situações, é porque acredito que meu objetivo nesta vida não é ser perfeita, apenas feliz. Quem me conhece sabe que sou alegre, feliz, e vivo de bem com a vida, além de ter problemas, preocupações, e momentos de profundos desespero sem sentido. Se você não é igual, atire a primeira pedra.




"A pior confusão que fazemos está entre a “vida” e a “morte”. Algo que está morto não toma iniciativa, não enfrenta, não sai do lugar, não faz acontecer, não sente e, principalmente, não arrisca. Será que estamos vivos?"

Victor Chaves

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Sabe,

É cansativo tentar ser perfeita o tempo inteiro. Mas eu nunca vou boa o bastante pra ninguém, ou quase ninguém.
Notas perfeitas, namorado perfeito, amigas perfeitas, provas perfeitas. Perfeita no inglês, perfeita no piano, perfeita no jazz. As pessoas buscam minuciosamente seus acertos? Considere-se feliz, em mim elas buscam os erros. Um deslize, um escorregão, uma escolha feita as pressas e sem muito refletir. Pronto. Poucos argumentos a favor? Pior ainda.
Eu sei porque as pessoas acham que eu não tenho sentimentos. Eu sou uma boneca, um robô moldado de acordo com diferentes ideais, e que tem que agir de acordo com todos eles. Falar a coisa certa na hora certa, fazer tudo, e ser boa em tudo. Mas não culpo os ideais, eu admito que acabei me transformando nisso ao longo do tempo. Só que não dá pra atingir nenhum ideal, imagina todos. Não dá pra acertar sempre, não dá pra fazer escolhas que todos vão aceitar, e com certeza não dá pra continuar guardando tudo isso dentro de mim. Alguém se importa com isso? Não, ninguém se importa.
Aliás, onde eu estou no meio disso tudo? Não sei, provavelmente morta, ou perdida. Perdida dentro de mim mesma.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Na verdade, eu não escrevo pra você.

Eu não escrevo pra ninguem ler. Escrevo porque eu me sinto bem, escrevo porque gosto de escrever, escrevo pra colocar as ideias no lugar, ler depois e pensar "nossa cara, sério que eu era assim?".
Mas com certeza eu não escrevo pra você. Não escrevo pra te dar indiretas, ou pra ser assunto em alguma janelinha de msn. Na verdade, comparações me irritam, me irritam muito. Pessoas que falam por mim me irritam, e pessoas que falam sobre mim me irritam também.
Tenho defeitos, qualidades, e cometo erros. Mas pode apostar que você não consegue juntar tudo isso em uma ou duas linhas, falar para alguem e achar que essa pessoa já sabe tudo de mim.
Aaah, mais uma coisa que talvez você não saiba: eu não sou burra, eu sei falar, e eu tenho sentimentos :O. Sim, eu fico vermelha, eu tenho vergonha, e gosto de ficar sozinha. Não confio em qualquer pessoa, sou superficial quando quero, e não vou sair contado sobre a minha vida pra você, estranho. Assim como eu não vou sair falando de você por aí, ou muito menos escrever aqui algo sobre você. Aliás, às vezes eu não conto da minha vida nem pra conhecidos.
Que tal falar comigo ao invés de falar sobre mim? Depois disso, vocês podem tirar as conclusões que quiserem. Com essas eu não vou me importar.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

As coisas sempre mudam nas férias. Nova rotina, novos acontecimentos, novas pessoas. Novas pessoas? Não, velhas pessoas. Velhas pessoas que começam a agir de forma diferente.
É horrível pensar que as conversas com os seus amigos se restringem a trabalhos, lições, ou acontecimentos em comum. Fico pensando em quando a gente se formar... Vai acabar tudo assim?
Tá, chega de drama. É a vida. E é errado pensar no futuro, as coisas nunca acontecem como a gente pensa que vão acontecer. Ao mesmo tempo, as pessoas parecem tão previsíveis.... Sei exatamente o que cada uma vai falar, sei como as conversas vão terminar sem assunto no msn, e sei como vai ser voltar das férias e fingir que nada mudou. Engano seu, muita coisa muda nas férias.

Surpreendam-me.

domingo, 5 de dezembro de 2010

" - A principio parecia maravilhoso, inalterado, compreende? Como uma volta ao passado... àquela parte do passado a que se ama e recorda com alegria.
Fez uma pausa;
- Mas na verdade não era nada disso. Verifiquei - acho, aliás, que já sabia disso antes - que não se pode nunca voltar atrás, que não se deve tentar voltar atrás... Que a essência da vida é andar para frente. A vida é na realidade uma rua de mão única, não é?"
O Caso do Hotel Bertram - Agatha Christie